segunda-feira, 10 de abril de 2017

Hoje é dia de Gata, bebê!

Bairro da Urca, onde foi gravada a novela A Gata Comeu, há 32 anos, foi tomado por fãs em encontro no último sábado (08). Protagonista da trama, a atriz Christiane Torloni fez surpresa e marcou presença no evento.


Por meio de grupos no Facebook e Whatsapp, fãs organizaram o encontro, que contou com tour pelos locais em que a trama foi gravada. Fotos: Anderson Maia


Por essa, nem mesmo o mais mentecapto e doido varrido dos fãs de “A Gata Comeu” esperava. Sem qualquer aviso prévio ou mesmo resposta aos convites e tentativas de contato realizadas nas últimas semanas, a atriz Christiane Torloni fez jus a um dos mais importantes papeis de sua carreira e, tal como a imprevisível e nada convencional Jô Penteado, optou pelo efeito surpresa e pregou uma peça em centenas de “gatamaníacos” ao surgir, na tarde do último sábado (08), em um evento organizado pelos fãs da novela, no Bairro da Urca, Zona Sul do Rio de Janeiro – onde foram gravadas as cenas externas da novela, exibida originalmente em 1985 e, atualmente, em reprise no Canal Viva.

Com a elegância que já é sua marca registrada e – vale ressaltar – num gesto de total humildade e reconhecimento ao carinho dos telespectadores por obra uma produzida há 32 anos, Torloni chegou ao bar e restaurante Garota da Urca, concentração do evento, por volta das 13h30. Lá, já estavam Marilu Saldanha, coescritora da novela, Mayara Magri, que interpretou a adolescente Babi, e a dupla de atores, à época, mirins Raphael Alvarez e Kátia Moura – que deram vida aos meigos Cecéu e Adriana, respectivamente. Também marcou presença no encontro Nina de Pádua, que deu vida à temperamental Ivete. 











Embora ausentes, outros atores de “A Gata Comeu”, como o protagonista Nuno Leal Maia (Fábio), Fátima Freire (Paula) e Élcio Romar (Zé Mário), enviaram mensagens aos fãs, via redes sociais, gratos e felizes pelo carinho e a realização do encontro, que reuniu telespectadores de todo o Brasil.
“Mais do que tudo, eu queria agradecer por todos vocês continuarem com essa energia de amor da novela, que era engraçada, brincalhona e que foi escrita por uma mulher muito importante, espiritualista, sem preconceitos religiosos de gêneros ou de cores e que nos libertou muito, não só em ‘A Gata Comeu’ como também em ‘A Viagem’, que foi a Ivani Ribeiro”, destacou Torloni.

Momento tietagem total do jornalista / fotografo que vos escreve: Com o Rafha, Torloni e Nina/Rapha. #MeBeliscaaaa!!!

A atriz aproveitou a oportunidade para chamar a atenção dos fãs com relação, também, ao cenário atual no país e no mundo. “Muitas orações estão sendo feitas pelas crianças da Síria, por esse momento pré-guerra que a gente está vivendo. Então, se vocês têm a força de se organizarem e virem até aqui para fazer um uma coisa tão bonita, se organizem em grupos e orem porque esse é um momento de muita oração no mundo. Orem pelo Papa Francisco também, porque ele está sendo um grande líder”, orientou Torloni.


Ao fim de sua breve – porém, inesquecível, aos fãs – passagem pelo local de concentração do encontro, Torloni desejou ao grupo um agradável passeio pelo bairro, um dos objetivos principais do evento. “Levem no coração essa mensagem de amor da novela. Muito obrigado, do fundo do coração, eu não vou esquecer esse momento nunca”. Imagina, então, os “Gatamaníacos”...

Os fãs despediram-se da atriz com um coro que entoou trechos da trilha sonora da novela, como “Comeu”, “Só Pra o Vento” e “Amigo do Sol, Amigo da Lua. Falas marcantes da novela também foram lembradas, como “dá nela, Jô”, dito pela pequena Adriana (Kátia Moura, presente no encontro) durante uma briga entre as personagens da Torloni e da Fátima Freire. Também teve adaptação de uma famosa frase da atriz: “hoje é dia de Gata, bebê”, foi ouvido em meio à aglomeração. 









Reencontro e emoção

A reunião idealizada pelos fãs, por meio de grupos em Facebook e Whatsapp, presentou não apenas aos fanáticos da novela como também a quem dela participou, diretamente, ao longo dos seis meses de gravações – no Jardim Botânico, as cenas internas, e na Urca, as externas. Provavelmente, sem se verem desde o fim da produção, Kátia Moura e Raphael Alvarez protagonizaram, em seu reencontro, um dos momentos mais emocionantes do evento.

“Pra gente, não era um trabalho, era uma diversão, a gente estava com amigos, se divertindo. Ter a ideia da dimensão que essa novela teve e tem até hoje é um pouco estranho, mas, ao mesmo tempo, fez parte da nossa infância e das pessoas que somos hoje em dia, grande parte foi a partir dessa convivência um com o outro”, externou Raphael. Abraçada ao colega “Curumim” e envolta de fãs, Kátia não conteve as lágrimas: “pra mim, que na época tinha meus 7 ou 8 anos, sempre foi e continua sendo uma surpresa ver que tanta gente, depois de tanto tempo, gosta e é apaixonado pela novela. É muito carinho que recebo nas redes sociais. Desculpa... me emociona muito falar disso”.

Sentada na mureta da Urca, em frente à praia, Nina de Pádua também não conteve a emoção diante do carinho dos fãs e, também, ao recordar dos saudosos Luiz Carlos Arutin e Dirce Migliaccio – intérpretes dos inesquecível Oscar e Conceição, seus pais na novela. “Trabalhar com eles, pra mim, em início de carreira na TV, foi um aprendizado extraordinário, uma honra porque eram dois mestres da interpretação, da comédia, que é uma coisa que eu adoro, que eu tenho muito no meu sangue. A esses dois, que já estão no céu, muito muito obrigada, de sua filha do coração, eu amo vocês”.






Mayara Magri também avaliou o seu sentimento para com a novela, na qual também atuou em início de carreira: “amei fazer a novela e amo ainda hoje, revendo, mas você nunca espera que 32 anos depois se consiga mobilizar tanta gente, pessoas apaixonadas, que sabem tudo dela. Gente, eu estou muito emocionada, mesmo. Adorei, valeu mais do que a pena”, pontuou.

Não menos feliz e lisonjeada, a mente que ajudou a dar a cara dos anos 80 a um texto, originalmente, escrito em meados da década de 1970 – “A Gata Comeu” é um remake de “A Barba Azul”, produzida em 1974 -, Marilu Saldanha revelou que, nem ela própria, se dava conta, à época, de que a adaptação se transformaria em tamanho fenômeno. “A pretensão era ser uma novela das seis, alegre, que faria sucesso, sim, mas não isso que eu estou vendo aqui, agora. Estou num céu, cercada de anjinhos”, revelou a colaboradora, que escrevia os capítulos, diariamente, entre as 4h e as 10h. “Quero um outro encontro desses, daqui a uns quatro anos”, finalizou Marilu.


Se ninguém menos que a segunda mãe da “Gata” faz esse pedido, quem somos nós para não obedecer? #FicaaDica #EncontroDosCuriminsAnoII

Confira dois vídeos exclusivos desse histórico encontro: Depoimento da Torloni e vídeo oficial.
Créditos: Anderson Maia  


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9 comentários:

  1. Parabéns pela organização do evento e por compartilhar as informações com outros fãs que não puderam ir.

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  2. Que lindo registros através de fotos, vídeos, relatos, simplesmente indescritivelmente emocionante!!!!!! Gratidão por compartilharem esses momentos tão especiais!!!!

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  3. Muito legal esse encontro! Qdo tiver outro, por favor, me chamem que eu vou!

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  4. Muito legal esse encontro! Qdo tiver outro, por favor, me chamem que eu vou!

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Também amei de coração, querida amiga Meiry, tudo o que essa histórica exibição da nossa amada Gata no Viva me proporcionou, como sua amizade! obrigado pela linda mensagem e por fazer reviver esse momento tão rico e inesquecível que vivemos ano passado! Emocionado ao rever... Obrigado, Deus, por esses lindos momentos vividos na Urca.

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  6. Obrigada Anderson querido pelo magnífico registro! E em 2020 estaremos juntos, para comemorarmos os 35 anos de A GATA COMEU, atendendo assim ao pedido da CO-AUTORA MARILU SALDANHA de que quer um outro encontro em 4 anos..3 anos já dá ne!!
    Amei demais estar contigo e principalmente de me ver em algumas fotos! Te adoro, menino!!

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  7. Espero estar vivo daqui pra lá, pois se der eu irei, mesmo morando em Recife! Ah, parabéns a todos que organizaram o encontro.

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    1. Obrigadaço pelo comentário, Kiko. Também sou do Recife! Abraço.

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