Em A Gata Comeu, ele era o doce Cecéu, melhor amigo da Jô, entre as crianças – pelo menos, no comecinho da trama, onde nossa amada sonâmbula era detestada por todo o resto da meninada –, e que sofria por ter que dividir todos os serviços da casa com a irmã, já que o pai, viúvo e pão duro, relutava em contratar uma empregada. Por ironia do destino, nosso querido Raphael Alvarez, intérprete do Cecéu, também tem trabalhado tanto, mas tanto, que ainda não conseguiu parar pra ver a atual reprise da novela, no ar desde o último dia 24 no Canal Viva. Há 25 anos morando nos Estados Unidos e, nestes dias, em Portugal dirigindo um programa para o canal Multishow, o “irmão da Verinha” e “filho do seu Vicente” dedicou-nos, com todo carinho, alguns minutos de seus dias corridos para essa entrevista pra lá de bacana, com direito a recordações daquela época gostosa e, também, informações sobre seus trabalhos atuais e futuros. Vamos lá a mais uma exclusivona do nosso blog! #uruuuuuu
Anderson Maia (AM): Você começou bem cedo na arte. Deu para ser uma criança comum, brincar na rua, ir ao parque... ou a fama tirou um pouco dessa liberdade?
Raphael Alvarez (RA): Tive uma infância bem normal. Meus pais sempre tiveram a certeza que eu era criança e não ator. Eu ESTAVA sendo ator, é o que minha mãe sempre falava. Eu ia muito pra casa da minha avó em Volta Redonda, vó Beta, até com o pessoal da novela. Claro que tinham umas coisas que eram um pouco diferente, né? Lembro que a van (da Globo) ia me pegar lá no colégio (para gravar). Sempre ficava em recuperação (risos), já que, por conta da novela, eu tinha que sair muitas vezes no meio do horário. Mas em termos de infância, foi totalmente normal, não acho que perdi algo por conta do trabalho.
Raphael Alvarez (RA): Tive uma infância bem normal. Meus pais sempre tiveram a certeza que eu era criança e não ator. Eu ESTAVA sendo ator, é o que minha mãe sempre falava. Eu ia muito pra casa da minha avó em Volta Redonda, vó Beta, até com o pessoal da novela. Claro que tinham umas coisas que eram um pouco diferente, né? Lembro que a van (da Globo) ia me pegar lá no colégio (para gravar). Sempre ficava em recuperação (risos), já que, por conta da novela, eu tinha que sair muitas vezes no meio do horário. Mas em termos de infância, foi totalmente normal, não acho que perdi algo por conta do trabalho.
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Raphael hoje, aos 41 anos, e em foto da época de A Gata Comeu, quando tinha 11. Fotos: Chisel Photography e acervo pessoal |
AM: Por falar em fama, começar já atuando em grandes clássicos da televisão, como a própria A Gata Comeu, é pra lá de especial, não é? Como era lidar com a fama e o sucesso já naquela época?
RA: Eu não pensava em fama. A única vez que lembro ter ficado “um pouco assim” quando criança foi quando fui ver o programa do Chacrinha. Lembro que entrei por trás do Teatro Fênix, lá no Jardim Botânico, e na hora que entrei várias pessoas me reconheceram, vieram em cima de mim, começaram a querer falar comigo, tirar foto, naquelas câmeras de filmes (risos). Minha avó ficou super nervosa, porque só estávamos ela e eu. Nessa época toda, as minhas avós Nilza e Beta eram as duas pessoas que sempre me levavam às gravações na Globo, porque a minha mãe, terapeuta, e o meu pai, dentista, durante o dia estavam sempre trabalhando, não tinham como, durante o dia, me levar. Eles não viam aquilo como uma carreira, mas como uma diversão, porque eu adorava fazer, era realmente super divertido.
RA: Eu não pensava em fama. A única vez que lembro ter ficado “um pouco assim” quando criança foi quando fui ver o programa do Chacrinha. Lembro que entrei por trás do Teatro Fênix, lá no Jardim Botânico, e na hora que entrei várias pessoas me reconheceram, vieram em cima de mim, começaram a querer falar comigo, tirar foto, naquelas câmeras de filmes (risos). Minha avó ficou super nervosa, porque só estávamos ela e eu. Nessa época toda, as minhas avós Nilza e Beta eram as duas pessoas que sempre me levavam às gravações na Globo, porque a minha mãe, terapeuta, e o meu pai, dentista, durante o dia estavam sempre trabalhando, não tinham como, durante o dia, me levar. Eles não viam aquilo como uma carreira, mas como uma diversão, porque eu adorava fazer, era realmente super divertido.
AM: Era gostoso fazer o Cecéu?
RA: Eu adorava fazer a novela. Lembro que me divertia muito, com todo o elenco. A Urca virou a nossa casa durante muito tempo. Depois, passamos a filmar também nos estúdios da Herbert Richers, na Tijuca. Adorava quando tinham coisas novas com o Cecéu, como quando virou ator e quando se vestiu de maluco pra que o pai arranjasse uma empregada. Sempre via como diversão e não como trabalho.
RA: Eu adorava fazer a novela. Lembro que me divertia muito, com todo o elenco. A Urca virou a nossa casa durante muito tempo. Depois, passamos a filmar também nos estúdios da Herbert Richers, na Tijuca. Adorava quando tinham coisas novas com o Cecéu, como quando virou ator e quando se vestiu de maluco pra que o pai arranjasse uma empregada. Sempre via como diversão e não como trabalho.
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Com a sócia Tatiana Issa, durante premiação do longa "Dzi Croquettes", em Los Angeles. |
AM: E depois? O que fez da vida o nosso inesquecível Cecéu até chegar a ser esse diretor premiado?
RA: Depois da novela, fiz o “Menino Maluquinho” e “O Cometa Vassourinha”, dois musicais que ficaram no teatro Clara Nunes, ali na Gávea, durante muito tempo, onde eu conheci a minha sócia Tatiana Issa. Aos 17 anos, me mudei para Nova York, onde estudei inglês e fiz a faculdade de teatro musical. Depois disso, fiz três musicais em Nova York, na Broadway: “Amor, Sublime Amor”, “O Beijo da Mulher Aranha” e “Jesus Cristo Superstar”. A Tatiana acabou indo morar lá também e a gente fez um curta chamado “Medusa”, que foi super premiado. Depois, fizemos o Dzi (Croquettes), que foi uma pérola, um achado. Temos muito orgulho, obviamente, desse longa.
RA: Depois da novela, fiz o “Menino Maluquinho” e “O Cometa Vassourinha”, dois musicais que ficaram no teatro Clara Nunes, ali na Gávea, durante muito tempo, onde eu conheci a minha sócia Tatiana Issa. Aos 17 anos, me mudei para Nova York, onde estudei inglês e fiz a faculdade de teatro musical. Depois disso, fiz três musicais em Nova York, na Broadway: “Amor, Sublime Amor”, “O Beijo da Mulher Aranha” e “Jesus Cristo Superstar”. A Tatiana acabou indo morar lá também e a gente fez um curta chamado “Medusa”, que foi super premiado. Depois, fizemos o Dzi (Croquettes), que foi uma pérola, um achado. Temos muito orgulho, obviamente, desse longa.
AM: Tem algo dos trabalhos que fez quando criança que tenha te motivado, de alguma forma, a querer dar saltos maiores no mundo da arte?
RA: Eu fiz muita coisa quando criança, antes de “A Gata Comeu”. Fiz “Voltei pra Você”, que foi a minha primeira novela, fiz um Quarta Nobre com a Betty Faria, “Adeus, Marido Meu”, fiz um Caso Verdade, fiz depois, de novo, o filho da Betty Faria, em “Partido Alto”, mas esse estímulo veio mais tarde. Foi depois de fazer “O Menino Maluquinho” que me inspirei quanto ao que acabei fazendo depois. Ele foi que me despertou para esse lado de teatro musical, que foi o que eu acabei fazendo depois de um certo tempo. Na época da Gata, eu ainda era tão novinho que não pensava em ser ator. Eu ESTAVA ator. Estava me divertindo com a arte.
RA: Eu fiz muita coisa quando criança, antes de “A Gata Comeu”. Fiz “Voltei pra Você”, que foi a minha primeira novela, fiz um Quarta Nobre com a Betty Faria, “Adeus, Marido Meu”, fiz um Caso Verdade, fiz depois, de novo, o filho da Betty Faria, em “Partido Alto”, mas esse estímulo veio mais tarde. Foi depois de fazer “O Menino Maluquinho” que me inspirei quanto ao que acabei fazendo depois. Ele foi que me despertou para esse lado de teatro musical, que foi o que eu acabei fazendo depois de um certo tempo. Na época da Gata, eu ainda era tão novinho que não pensava em ser ator. Eu ESTAVA ator. Estava me divertindo com a arte.
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Com os demais integrantes do "Clube dos "Curumins" (juntamente com Mayara Magri e Herval Rossano), durante pausa nas gravações. "Os bastidores eram sempre muito divertidos". |
AM: O Cecéu era uma criança doce e um dos melhores amigos da Jô, protagonista da trama. Como eram as gravações e a relação nos bastidores?
RA: Os bastidores eram sempre muito divertidos. A gente era, realmente, um grupo de crianças que se divertia muito. O Herval Rossano (diretor da novela) era um pouco... rígido (risos). Eu lembro que ele era um pouco rígido, mas eu imagino, hoje, você ter que trabalhar com sete crianças que viam a realidade da televisão como uma diversão e o diretor, por sua vez, com a responsabilidade de produzir um material. Havia momentos bem rígidos, de ter que decorar texto, estar no horário certo, mas os bastidores sempre foram muito divertidos. A época toda da ilha foi praticamente uma diversão e a novela inteira foi, mesmo, muito divertida.
RA: Os bastidores eram sempre muito divertidos. A gente era, realmente, um grupo de crianças que se divertia muito. O Herval Rossano (diretor da novela) era um pouco... rígido (risos). Eu lembro que ele era um pouco rígido, mas eu imagino, hoje, você ter que trabalhar com sete crianças que viam a realidade da televisão como uma diversão e o diretor, por sua vez, com a responsabilidade de produzir um material. Havia momentos bem rígidos, de ter que decorar texto, estar no horário certo, mas os bastidores sempre foram muito divertidos. A época toda da ilha foi praticamente uma diversão e a novela inteira foi, mesmo, muito divertida.
AM: Por falar nisso, conta pra gente como foi ser escolhido para integrar o elenco mirim da novela?
RA: Tudo começou lá pros meus cinco, seis anos de idade. Teve um teste pra meninos loiros (risos), no Clube Caiçara, lá na Lagoa, onde meus pais eram sócios. Diz a minha mãe, não lembro, que eu fui falar com a diretora de elenco, que estava muito zangado com o fato de eles estarem querendo só crianças loiras e eu era moreno, por que essa discriminação, enfim... essa diretora de elenco, Frida, que ainda hoje trabalha com isso, acabou pegando a minha informação, me deixou fazer um teste e acabou colocando meu nome em várias agências de publicidade. Daí, acabei chegando na Globo. Foi um caminho meio que inesperado, nunca pensei fazer isso, mas acho que, pelo que me dizem, eu era uma criança muito falante, muito brincalhona, sempre muito feliz com a vida. Acho que isso meio que foi visto nesses testes e, com isso, eu acabei na novela.
RA: Tudo começou lá pros meus cinco, seis anos de idade. Teve um teste pra meninos loiros (risos), no Clube Caiçara, lá na Lagoa, onde meus pais eram sócios. Diz a minha mãe, não lembro, que eu fui falar com a diretora de elenco, que estava muito zangado com o fato de eles estarem querendo só crianças loiras e eu era moreno, por que essa discriminação, enfim... essa diretora de elenco, Frida, que ainda hoje trabalha com isso, acabou pegando a minha informação, me deixou fazer um teste e acabou colocando meu nome em várias agências de publicidade. Daí, acabei chegando na Globo. Foi um caminho meio que inesperado, nunca pensei fazer isso, mas acho que, pelo que me dizem, eu era uma criança muito falante, muito brincalhona, sempre muito feliz com a vida. Acho que isso meio que foi visto nesses testes e, com isso, eu acabei na novela.
AM: Com o Dzi Croquettes, você, junto com a Tatiana, recebeu diversos prêmios como o do Festival do Rio, Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e Festival do Cinema Brasileiro de Miami. Pensa em se dedicar sempre a documentários ou produzir também outros gêneros?
RA: Cada vez mais eu quero entrar em ficção. Sinto falta de trabalhar com atores. Agora, estamos trabalhando, ao mesmo tempo, em mais um documentário, “BR –Trans”, e, ano que vem, espero rodar o meu primeiro longa ficção, “O Ciclista”. Penso em voltar a atuar, sinto falta, redescobri esse sonho após voltar a fazer aulas de teatro para me preparar para dirigir atores. Acabei fazendo alguns monólogos nas aulas, gostei muito.
RA: Cada vez mais eu quero entrar em ficção. Sinto falta de trabalhar com atores. Agora, estamos trabalhando, ao mesmo tempo, em mais um documentário, “BR –Trans”, e, ano que vem, espero rodar o meu primeiro longa ficção, “O Ciclista”. Penso em voltar a atuar, sinto falta, redescobri esse sonho após voltar a fazer aulas de teatro para me preparar para dirigir atores. Acabei fazendo alguns monólogos nas aulas, gostei muito.
AM: Conversando há pouco com a Kátia Moura, sua colega de elenco mirim em A Gata Comeu, perguntei-lhe como se sente tendo representado toda uma geração ali, na novela, através do inesquecível “Clube dos Curumins”. Pra você, o que aquela época e aquela novela representou?
RA: A novela, pra mim, representou um parque de diversões, divertido, seguro, onde a gente encontrava um bando de gente querida. Essa é a memória que eu tenho. Eu nunca pensei na novela como representando toda uma geração. Pra gente, estávamos só nos divertindo. É muito louco pensar que, por ser uma novela com várias crianças, com essa ideia toda do “Clube dos Curumins”, acabou atraindo tanto o público da nossa idade. É estranho de pensar que isso tudo teve tamanho efeito, já que, pra gente, aquilo tudo era só parte do nosso dia a dia, sabe?
RA: A novela, pra mim, representou um parque de diversões, divertido, seguro, onde a gente encontrava um bando de gente querida. Essa é a memória que eu tenho. Eu nunca pensei na novela como representando toda uma geração. Pra gente, estávamos só nos divertindo. É muito louco pensar que, por ser uma novela com várias crianças, com essa ideia toda do “Clube dos Curumins”, acabou atraindo tanto o público da nossa idade. É estranho de pensar que isso tudo teve tamanho efeito, já que, pra gente, aquilo tudo era só parte do nosso dia a dia, sabe?
AM: Hoje os tempos são outros, mas, lá fundo, naquele momento nostalgia, sente saudade de algo?
RA: Eu acho que a gente vai ficando mais maduro, não gosto de falar mais velho (risos), e sempre pensamos “ah, quando a gente era mais jovem era mais seguro, tinha menos violência...”. Pra mim, saudade mesmo é das minhas avós, porque as duas eram muito presentes, principalmente nessa época, e as duas não estão mais aqui. Estou indo para o Brasil, agora em novembro, e vou tentar ver um pouco, de repente, a novela, porque até mesmo as cenas de outros personagens me remete um pouco a um tempo que eu tinha a vó Beta e a vó Nilza muito presentes em minha vida.
RA: Eu acho que a gente vai ficando mais maduro, não gosto de falar mais velho (risos), e sempre pensamos “ah, quando a gente era mais jovem era mais seguro, tinha menos violência...”. Pra mim, saudade mesmo é das minhas avós, porque as duas eram muito presentes, principalmente nessa época, e as duas não estão mais aqui. Estou indo para o Brasil, agora em novembro, e vou tentar ver um pouco, de repente, a novela, porque até mesmo as cenas de outros personagens me remete um pouco a um tempo que eu tinha a vó Beta e a vó Nilza muito presentes em minha vida.
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Raphael Alvarez e Kátia Moura. Já são dois os "Curumins" entrevistados pelo nosso blog :D :D :D. Foto: acervo pessoal Kátia Moura |
AM: A correria do trabalho está grande. Mesmo assim, bate uma curiosidade de se ver 31 anos atrás na novela que está no ar pelo Viva?
RA: Engraçado. Eu não estava nem pensando nisso, porque a gente está tão louco aqui... mas o Rodrigo Fagundes, que é um comediante maravilhoso, grande fã da novela – sempre adorou A Gata Comeu, a gente até brinca com isso -, mandou umas historinhas do que está acontecendo com o Cecéu, já tinha mandado uns vídeos. Outra amiga, a Astrid Guimarães, irmã da Ingrid (Guimarães), que também faz produção com a gente, mandou hoje um print dizendo que está vendo a novela. Então, isso me deixa um pouco curioso... não sei... a curiosidade está ali, mas eu acho que a gente sempre é muito autocrítico, apesar de se tratarem de épocas distintas. A gente, quando fica maduro, é estranho se ver assim tão publicamente... tenho bastante curiosidade, sim, acho que seria muito autocrítico, mas tenho curiosidade.
RA: Engraçado. Eu não estava nem pensando nisso, porque a gente está tão louco aqui... mas o Rodrigo Fagundes, que é um comediante maravilhoso, grande fã da novela – sempre adorou A Gata Comeu, a gente até brinca com isso -, mandou umas historinhas do que está acontecendo com o Cecéu, já tinha mandado uns vídeos. Outra amiga, a Astrid Guimarães, irmã da Ingrid (Guimarães), que também faz produção com a gente, mandou hoje um print dizendo que está vendo a novela. Então, isso me deixa um pouco curioso... não sei... a curiosidade está ali, mas eu acho que a gente sempre é muito autocrítico, apesar de se tratarem de épocas distintas. A gente, quando fica maduro, é estranho se ver assim tão publicamente... tenho bastante curiosidade, sim, acho que seria muito autocrítico, mas tenho curiosidade.
AM: Não podemos deixar de matar essa curiosidade: você participou das gravações na ilha, cenário de fortes emoções e aventuras e, também, onde se deu o pontapé inicial da novela. Como foram aqueles dias de gravação?
RA: Lembro que foi muito louco, porque a gente ficou num hotel durante quinze dias ou um mês. Íamos todo dia pra essa ilha e era muito calor. Lembro que ficamos lá muito tempo, minha avó ficou lá comigo, meio que tomando conta. Ficávamos o dia todo lá na ilha. Lembro que, nas primeiras cenas do Danton Mello, ele tocava uma flauta que era insuportável, uma coisa que era do personagem. Ele tinha também uma cena com uma cobra, estava em cima de uma árvore e a cobra vinha em sua direção. Ele caiu e quebrou o braço, isso foi nos primeiros capítulos, segundo ou terceiro, eu acho. Lembro também que a lancha quebrou, não sei se na novela ou real (risos)... na novela, quebrou mesmo, mas acho que também teve algum problema de verdade.
RA: Lembro que foi muito louco, porque a gente ficou num hotel durante quinze dias ou um mês. Íamos todo dia pra essa ilha e era muito calor. Lembro que ficamos lá muito tempo, minha avó ficou lá comigo, meio que tomando conta. Ficávamos o dia todo lá na ilha. Lembro que, nas primeiras cenas do Danton Mello, ele tocava uma flauta que era insuportável, uma coisa que era do personagem. Ele tinha também uma cena com uma cobra, estava em cima de uma árvore e a cobra vinha em sua direção. Ele caiu e quebrou o braço, isso foi nos primeiros capítulos, segundo ou terceiro, eu acho. Lembro também que a lancha quebrou, não sei se na novela ou real (risos)... na novela, quebrou mesmo, mas acho que também teve algum problema de verdade.
AM: Fala um pouco dos teus projetos atuais e futuros.
RA: Estou super empolgado com esse documentário, “Br-Trans”, que é sobre as transexuais no Brasil. É baseado numa peça do Silvério Pessoa, que é um ator maravilhoso, super premiado também. Ele fez uma coleta de depoimentos de várias trans pelo Brasil e fez todo o conceito dessa peça. Estou editando e espero estrear comecinho do ano que vem. Também tem esse meu primeiro trabalho com atores, “O Ciclista”, baseado num livro maravilhoso. Agora, estou dirigindo, para 2017, a quarta temporada do “Anota Aí”, com a Titi Muller, para o Multishow. Também vou agora ao Brasil dirigir a Ingrid Guimarães para a também quarta temporada do “Além da Conta”, do GNT.
RA: Estou super empolgado com esse documentário, “Br-Trans”, que é sobre as transexuais no Brasil. É baseado numa peça do Silvério Pessoa, que é um ator maravilhoso, super premiado também. Ele fez uma coleta de depoimentos de várias trans pelo Brasil e fez todo o conceito dessa peça. Estou editando e espero estrear comecinho do ano que vem. Também tem esse meu primeiro trabalho com atores, “O Ciclista”, baseado num livro maravilhoso. Agora, estou dirigindo, para 2017, a quarta temporada do “Anota Aí”, com a Titi Muller, para o Multishow. Também vou agora ao Brasil dirigir a Ingrid Guimarães para a também quarta temporada do “Além da Conta”, do GNT.
AM: Deixa um recado final pros fãs da novela, que não só admiram e não esquecem do doce e divertido Cecéu, como também vibram e comemoram o seu sucesso atualmente, agora por trás das câmeras.
RA: Meu recado seria obrigado por todos terem feito parte dessa jornada com a gente. É uma delícia saber que ajudamos a formar caráter, acho que a gente aprende muita coisa nessa idade. Foi uma experiência muito legal e divertida pra mim. Quando a gente pensa que isso teve efeito na vida das pessoas é algo maravilhoso, acredito que essa é a grande razão pra se fazer arte, porque, na maioria das vezes, a gente quer causar algum tipo de sentimento. O fato de que, sem saber, essas crianças conseguiram fazer isso, é fantástico, é pra agradecer. Só tenho a agradecer mesmo!
RA: Meu recado seria obrigado por todos terem feito parte dessa jornada com a gente. É uma delícia saber que ajudamos a formar caráter, acho que a gente aprende muita coisa nessa idade. Foi uma experiência muito legal e divertida pra mim. Quando a gente pensa que isso teve efeito na vida das pessoas é algo maravilhoso, acredito que essa é a grande razão pra se fazer arte, porque, na maioria das vezes, a gente quer causar algum tipo de sentimento. O fato de que, sem saber, essas crianças conseguiram fazer isso, é fantástico, é pra agradecer. Só tenho a agradecer mesmo!
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A gente também agradece sua atenção e carinho, Rapha! Sucesso sempre nas produções e direções e, claro, queremos sempre tá acompanhando as aventuras e voos do nosso eterno Cecéu.